domingo, 3 de maio de 2015

FICHA TÉCNICA:
Criação e Elaboração(Blog): Matheus Nepomuceno e Nicolly Gurgel
Design:Matheus Nepomuceno
Grupo: Maria Marina Oliveira Guedes,Isabela Franklin,Nicolly Gurgel,Maria Eduarda Lima, Matheus Nepomuceno

“A maturidade não se força. Tudo o que fiz foi em lenta preparação. Graças a Deus não sou habilidosa.” 
- Djanira da Motta e Silva

Obras

Obras


Sem título, Djanira da Mota e Silva (1959) [Coleção Roberto Marinho - Rio de Janeiro, RJ]

Igreja de Antonio Dias [Estudo de Ouro Preto], Djanira (1955)
[Museu Nacional de Belas Artes - Rio de Janeiro, RJ]


Barcos, Djanira (Déc. 1950)

Festa do Divino em Parati,  Djanira (1962)
[Acervo do Palácio dos Bandeirantes - SP]
Inconfidência, Djanira (1975)
[Acervo Caixa Econômica Federal]

Mina de Ferro, Djanira (1976)
[Museu Nacional de Belas Artes - Rio de Janeiro, RJ]

Futebol Fla-flu, Djanira (1975)
[Museu Nacional de Belas Artes - Rio de Janeiro, RJ]

Petrobras, Djanira (1962)

Indústria Automobilística, Djanira (1962)

O Circo, Djanira (1944)  - [Acervo Funarte Rio de Janeiro]

Igreja no Litoral - Cabo Frio, Djanira (1970)

Serradores, Djanira (1959 )
[Coleção Roberto Marinho - Rio de Janeiro, RJ]

Meninos com Pipa [estudo de painel], Djanira (1966)


A fazenda, Djanira (1966)


Festa de Iemanja, Djanira (1962)

Sem título, Djanira

Peixes, Djanira (1962)

Igreja de Santa Rita (Parati, RJ), Djanira (s.d.)
 [Museu Nacional de Belas Artes - Rio de Janeiro, RJ]


Três Orixás, Djanira (1966)
[Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo - SP]

Cena de mercado, Djanira (1960)


Mina de Ferro, Djanira 

Comentário Crítico

A artista sempre busca aproximar-se dos temas de suas obras: no fim da década de 1950, após convivência de seis meses, pinta os índios canela, do Maranhão. Na década de 1970, desce às minas de carvão de Santa Catarina para sentir de perto a vida dos mineiros e viaja para Itabira para conhecer o serviço de extração de ferro.
Djanira trabalha ainda com a xilogravura, gravura em metal, e faz desenhos para tapeçaria e azulejaria. Em sua produção, destaca-se o painel monumental de azulejos para a capela do túnel de Santa Bárbara, no Rio de Janeiro. Inicialmente nomeada como "primitiva", gradualmente sua obra alcança maior reconhecimento da crítica. Como aponta o crítico de arte Mário Pedrosa, Djanira é uma artista que não improvisa, não se deixa arrebatar, e, embora possuam uma aparência ingênua e instintiva, seus trabalhos são consequência de cuidadosa elaboração para chegar à solução final.

Biografia

Informações biográficas de Djanira da Motta e Silva:

Data do Nascimento: 20/06/1914
Data da Morte: 31/05/1979
Morreu aos 64 anos

Nasceu em Avaré, filha de Oscar Paiva e Pia Job Paiva foi registrada inicialmente

Identidade de pensionista.(Acervo Museu Municipal de Avaré)
Aos 23 anos, é internada com tuberculose no Sanatório Dória, em São José dos Campos onde fez seu primeiro desenho: um Cristo no Gólgota. Com a melhora, continua o tratamento no Rio de Janeiro, e reside em Santa Teresa, por causa do seu ar puro. Em1930, aluga uma pequena casa no bairro e instala uma pensão familiar. Um de seus hóspedes, o pintor Emeric Marcier, a incentiva e lhe dá aulas de pintura. Djanira também frequenta, à noite, o curso de desenho no Liceu de Artes e Ofícios, Nesse período trava contato com o casal Árpád Szenes e Maria Helena Vieira da Silva, com Milton DacostaCarlos Scliar, e outros que vivem em Santa Teresa e frequentam o meio artístico.
No fim da década de 1930, na capital fluminense, tem suas primeiras instruções de arte em curso noturno de desenho no Liceu de Artes e Ofícios e com o pintor Emeric Marcier, hóspede da pensão que Djanira instala no bairro de Santa Teresa. Os contatos com os artistas Carlos Scliar, Milton Dacosta, Árpád Szenes, Maria Helena Vieira da Silva e Jean-Pierre Chabloz, frequentadores da pensão, proporcionam um ambiente estimulador que a leva a expor no 48º Salão Nacional de Belas Artes, em 1942. No ano seguinte, realiza sua primeira mostra individual, na Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Em 1945, viaja para Nova York, onde conhece a obra de Pieter Bruegel e entra em contato com Fernand Léger, Joan Miró e Marc Chagall. De volta ao Brasil, realiza o mural Candomblé para a residência do escritor Jorge Amado, em Salvador, e painel para o Liceu Municipal de Petrópolis. Entre 1953 e 1954, viaja a estudo para a União Soviética.
A sua pintura dos anos 40 é geralmente sombria, utiliza tons rebaixados, como cinza, marrom e negro, mas já apresenta o gosto pela disciplina geométrica das formas. Na década seguinte, sua palheta se diversifica, com uso de cores vibrantes, e em algumas obras trabalha com gradações tonais que vão do branco ao cinza claro. Apresenta em seus tipos humanos uma expressão de solene dignidade.
A artista sempre busca aproximar-se dos temas de suas obras: no fim da década de 1950, após convivência de seis meses, pinta os índios Canela, do Maranhão. Em 1950 em sua estada em Salvador ela conhece José Shaw da Motta e Silva, o Motinha, funcionário público, nascido em Salvador em 29 de janeiro de 1920 e com ele se casa no Rio de Janeiro em 15 de maio de 1952, e muda o nome para Djanira da Motta e Silva.
De volta ao Rio de Janeiro, torna-se uma das líderes do movimento pelo Salão Preto e Branco, um protesto de artistas contra os altos preços do material para pintura. Realiza em 1963, o painel de azulejos Santa Bárbara, para a capela do túnel Santa Bárbara, Laranjeiras, Rio de Janeiro. No ano de 1966, a editora Cultrix publica um álbum com poemas e serigrafias de sua autoria. Em 1977, o Museu Nacional de Belas Artes, realiza uma grande retrospectiva de sua obra.